quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Parodia Kafkaniana

     Num certo dialogo entre Rubens, um bebum de primeira das imediacoes de Pombal, e Joca, amigo de Jeca e Zeca, tambem bons bebedores, o primeiro, Rubens, bastante angustiado com sua existencia, fez o seguinte comentario - com muitas pausas, obviamente... "Amigo Joca", disse Rubens, "a vida aqui em Pombal ta muito complicada. Ha 35 anos atras a gente ia pro Riacho Doce ver as menininhas, andava à beça de cavalo, jogava marraia com os menino. O mundo, eu acho, ta ficando miúdo com o tempo. Eu mesmo, pra chegar aqui nessa rua, antigamente andava mais. Hoje em dia a gente passa na padaria de Nelsinho, depois joga um sinuquinha comendo um cuzcuzinho com carne de sol e tomando aquela caninha la no bar de Ricardo. Depois passa em banco, farmacia, jornaleiro. Da aquela parada em Luis e come um bode assado com a velha caninha. Ai se for em Luis, o nosso amigo Claudio fica com raiva se nao for na birosca dele. A gente vai, toma outra cana e chega aqui. O mundo parece que ta a cada dia ficando mais miúdo! Eu ando tao rapido, amigo Joca, que ali na nossa frente tem a igreja de Pombal..."
     "Voce so precisa mudar de direcao", disse Joca, e entraram no bar de Juarez.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Dizeres de um Pano de Chão

Relaxe!
Ponha seus pés aqui!
É gostoso, suave, macio...
Eles ficam sequinhos, cara!
E sem frieiras...

MAH!carrão OH!Linda

Calabreza mergulhada em molho de tomate criando contraponto com atum e ervas finas - nem tao finas...

Ingredientes:
-Calabreza
-Atum
-Azeitona
-Oregano
-Manjericao
-Salsa
-Coentro
-Alho
-Tomate
-Cebola
-Molho de Tomate
-Macarrao

Modo de Preparo:

Molhe tudo que da pra molhar
Corte tudo que da pra cortar.
Sacuda tudo que da pra sacudir.
Refogue tudo que da pra refogar.
Retire tudo que da pra retirar, pois tem coisas que ficam no fundo da panela...

Modo de Comer:

Com calma...

domingo, 25 de outubro de 2009

Rebento

ando cantando;
seguindo caminhos;
ruas, estradas;
ladeiras, moinhos;
luta sublime
heroi enganado
acalmam sussurros
de ser maculado;

sigo fazendo;
pensando, subindo;
percurso encantado;
carinho surgindo;
retorno ao passado;
poente x aflito;
vilao maltratado;
carente menino;

travessas conversam;
violas unidas;                                  
clarins resgatados;
sentido da vida;
                                                        (refrao)
vieira, ribeira;
sem eira nem beira;                         
olinda encantada;
menina faceira.


Homenagem a Plinio

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Fugaz

Refletindo a aridez;
Buscando o consolo;
Na rapidez no pensamento;
Embaraçada me torna;
A entrega desejada.

Sem saber quem era;
Lentificava os sentidos;
Na sagacidade da espera;
Longa, prolixa, apodrecida;
Viúva dos desejos.

Mudança de posição;
Na culpa indefinida;
Gira o relógio;
Gira o pensamento;
Para no instante;
Fugaz e distante;
Girar-me, fazer-me, fazer-te, amar-lhe, cuidar-te, girar-lhe.

No retorno à calma;
Acalma, desalma;
A alma.


quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Afrontando a inquietude


                Mutações entre o mundo e o artista, que se cerca de novas possibilidades anti - internamente para só assim redescobrir o sentido da alma. Desviar-se para a busca do sentido. Isso é o que se torna absolutamente fantástico em uma investigação levemente estudada do interno. Agora se partindo do contraponto dentro-fora, acorda-se a possibilidade paradigmática do plano aqui - alem. Alem da busca, do partido alto, a partir das espinhas centralizadas no espírito multifuncional, multiparticularizado e semi-transcedente, atribuindo noções conflituosas no dia a dia, para apenas desta forma solucionar enigmas atribuídos ao individual, quando deveriam ser infligidos ao transcendental, onde a influencia no social acontece, através de rituais, e de mensagens para poucos, que são retratadas na coletividade.

                A polarização homem-mundo, difícil de ser instituída particularmente em momentos de fé, de captação metafísico-espiritual, ocorrem fundamentalmente a partir de pormenores. Oportunidades sublimes de se perceber o ser humano em sua própria origem, no sentido animalesco do ser, estado bruto, sem controle externo. As manifestações culturais brotam como um ponto de suporte a esta concepção. Estados alucinativos de êxtase. Transcendência do tempo. Emoções primitivas. Separações naturais entre o homem e o social, porem dificilmente observadas por conta do pequeno coelho que se infiltra nos fios de cabelo humano, onde deveria sair da cartola. Olhares desvirtuados, de curto alcance.

                 Transformações sucessivas incidem através da lente dentro da retina social. Absolutamente virtuosa. Fato arriscado. Representação da esfinge. Oportunidade para poucos, onde o mesmo coelho obturador, o animal que puxa o centro do ser humano para o fundo, pode seguir a passagem contraria. Peregrino da alma. Animal catalisador do mais profundo estado de encontro com as condições fetais. Parir. Primitivamente reprodutor. Retorno a condições de extrema segurança. Alimentação/Fome; Cuidado/Quebra; Homem/Homem; Dentro/Fora; Interno/Externo; Artista/Mundo.

* ao lado foto de Sergival. Sergipano, Compositor, Flautista, Violonista, Percussionista, Poeta, Dramaturgo, Desenhista, Roteirista, Diretor de Teatro.

Mais sobre este grande artista: http://www.aracaju.com/musicos/sergival.htm